domingo, 1 de janeiro de 2017

Vinte e alguma coisa

Me sinto velha e não sei porque, talvez seja o fato de iniciar daqui a quatro dias o meu ciclo de vinte e alguma coisa e assim será por uma década, é estranho ficar velha nunca pensei que sentiria essa sensação de medo, pressão psicológica, Oh! como vivia feliz nos meus 15, 16 anos, tempo em que era louca para ficar mais velha, agora? Hoje fazer aniversários tem sido para mim mais uma ansiedade na vida, o tempo fica cada vez mais curto, as coisas os anos passam e passam, e é como se tudo ainda estivesse no mesmo lugar. Observo os adolescentes de 15 anos, e um dias desses enquanto cantarolava uma música que já virou clássico fui surpreendida por um jovem aprendiz onde trabalho caindo as gargalhadas e me perguntado que música era aquela. Tá, tudo bem quando ela estava  nas paradas eu tinha uns sete a seis anos mas poxa! ela marcou a minha geração dois mil e alguma coisa, e o fulaninho ainda nem tinha nascido, quanta vida pela frente quanta juventude saindo pelos poros daquele rapazinho sem preocupações de fazer aniversários. Quando passo na portas das escolas e há aquele aglomerado de adolescentes tenho medo de me chamarem de velha, é algo que não sei explicar.
Hoje foi um dia melancólico, e sem grande significância na minha vidinha que segue rotineiramente, sem mudar diálogos e ciclos, e assim vou fazendo aniversários e envelhecendo cada vez mais.
Vida que segue. Vida que segue com 20 anos, quer dizer 21 né.

sábado, 19 de novembro de 2016

Manifesto do acaso


Ela sempre andava por aquelas ruas até aquele momento nada a fazia despertar o interesse de passar por ali mais vezes, até que um rosto alguns trejeitos simpatia e jovialidade a fez mudar de ideia. Era uma poesia inspirada pela manhã era o vermelho da tarde fria, era mais que uma mera coincidência do acaso era para ser lembrado durante anos ou pela vida toda, era o inesperado acontecendo para concretizar a espera, era a quimera de livros pousando naquela esquina.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Mundo entre corais


Existe um outro mundo, um mundinho em que apenas as duas escalam, se fosse para contar é certo que ninguém acreditaria, é fantástico como se conectam, como se sentem felizes com felicidades fictícias, como se encaixam e se enxergam nelas, melodias orquestradas por elas mesmas arrancam aplausos nos palcos daquela cidade. Mundinho entre corais, modulações formuladas e adquiridas com sangue porém sólidas,  incompatíveis com os serzinhos existente naquela terra vaga e sem outras expectativas.
Palavras mal inseridas sem conexões prepositivas encantos quebrados pelo eu inseguro de ser, aplausos retidos, explicações desvalorizadas e colocadas sem remate, por fim fantástica. Existe mais do que você vê  nesse translúcido, bem mais  do que você consegue enxergar  nessa areia depreciada. Se as dominasse tanto como domino o medo se dominasse a fonética tanto como aprecio a grafia quem sabe meu mundo seria mais movimentado, é certo que devia encontrar outras maneiras para a felicidade real, mas sinto tanto em deixar o meu mundo, foi ele que me socorreu das vezes em que sofri calada e sem apreços, foi que movimentou os meus dias de chuva ácida naquele terreno, mas menina cresce agora, sinto que o seu mundo já não pode mais ajuda-la os anos passaram as dores mudaram e agora é preciso mais do que uma dose dessa fluoxetina, é preciso empregar novamente a serotonina dentro do seu ser.
Ainda há o mundo de corais o qual você poderá visitar sempre que sentir necessidade mas  você não   habitará  mais nele será apenas uma conversão para alívios nada mais do que isso, tornou-se mais sobrenatural mais do que você mesma chegou a imaginar que aconteceria algum dia agora entenda menina é preciso mais do que uma fluoxetina