sábado, 19 de novembro de 2016

Manifesto do acaso


Ela sempre andava por aquelas ruas até aquele momento nada a fazia despertar o interesse de passar por ali mais vezes, até que um rosto alguns trejeitos simpatia e jovialidade a fez mudar de ideia. Era uma poesia inspirada pela manhã era o vermelho da tarde fria, era mais que uma mera coincidência do acaso era para ser lembrado durante anos ou pela vida toda, era o inesperado acontecendo para concretizar a espera, era a quimera de livros pousando naquela esquina.
Já fazia oito dias desde a última inspiração daquele Ode de meiguices mas ela não esquecia não poderia. Desde aquela quinta feira mudou o rumo de todas as direções e sempre arrumava desculpa para si própria para passar novamente naquela quina, por vezes encheu de esperanças mas nunca o avistou mais ali, foi como neblina e fumaça que dispersam pelo ar sem deixar rastros, foi chuva que remata e logo limpa o céu foi tudo, foi único....
Só lhe restava lembrar dos poucos minutos que o obtivera, assim fitando-a como um poeta que admira sua obra, só lhe restava lembrar de seu sorriso que derramava juventude e alegria de não ter nada mas ter tudo. Restava escuro da lembrança restava inquietude de saber que nunca mais o veria, e desde esse dia ela o transformava em poesia sempre que podia. 

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