terça-feira, 27 de outubro de 2015

A chuva


Um temporal no final tarde... Poderia haver coisa melhor?
Nos escondemos em uma farmácia e da porta dela, me pus a reparar as expressões que as pessoas faziam com a chegada da chuva, de frente a clínica médica um rapaz com um rosto impaciente lutava contra o vento ao ver seu guarda chuva ser quase levado, um senhor que vendia biscoitos de queijo na rua colocava sacolinhas plásticas  para cobri-los,  uma menininha sobe as escada da farmácia feliz e contente com sua sombrinha da galinha pintadinha, em companhia de sua mãe a  farmácia enche, e tenho uma leve impressão  que não foi por busca de genéricos ou coisas do tipo, a chuva deu uma amenizada enfim resolvemos sair do nosso porto seguro afinal era apenas uma chuva e muito bem vinda por sinal, cabelo com chapinha? já era! o que importa? Aquele arzinho vapor quente batendo sobre o rosto, aquele vento que fazia cabelos roupas e tudo ser molhado.... O que importa? eu esperei  tanto por isso.
Descendo o morro um senhor sai correndo em meio a chuvarada com a sombrinha fechada e exclama: Que isso meninas fecha essa sombrinha! é tão engrado ver a alegria das pessoas ao receber uma coisa tão simples e natural, eu me pegava sorrindo até com um carro em alta velocidade que nos lançava um spray de agua suja, era enxurrada pra ninguém botar defeito sem exageros, o jeito é tirar a sapatilha! eu sempre sonhei com isso retirar os sapatos em meio a um temporal, sentir o vapor frio ou quente do asfalto sobre os nossos pés, tudo bem haveria um risco, uma leptospirose ou coisa do tipo, mas vai um descontinho né? Meu sonho de criança sendo realizado em pleno centro da cidade!
Acredita que quase fui levada pela enxurrada? Se não fosse os conselho de minha mãe: Drezoquinha não tire os pés do chão se não você cai! se não fosse isso Drezoquinha já estaria no chão... Hum... Mas quem são aquelas moças escondidas debaixo de uma marquise de uma loja? Ah sim, me lembrei aquelas moças que à 30 minutos atrás nos ofereceu água gelada enquanto subíamos para o centro, é hoje não foi um bom dia para um comércio de água... Quase na rua de casa um rapaz todo molhado sorria ao conversar com seu amigo, Minha sombrinha de rendinha rosa? Não valeu de nada! só pra sol, mesmo! Agora é ir para igreja e calçar minhas botinhas pretas, Que delicia quanto tempo!
Só me faltou agora os biscoitos de queijo do senhor com café!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça uma blogueira feliz...
Comente! ;-)