quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Mundo entre corais


Existe um outro mundo, um mundinho em que apenas as duas escalam, se fosse para contar é certo que ninguém acreditaria, é fantástico como se conectam, como se sentem felizes com felicidades fictícias, como se encaixam e se enxergam nelas, melodias orquestradas por elas mesmas arrancam aplausos nos palcos daquela cidade. Mundinho entre corais, modulações formuladas e adquiridas com sangue porém sólidas,  incompatíveis com os serzinhos existente naquela terra vaga e sem outras expectativas.
Palavras mal inseridas sem conexões prepositivas encantos quebrados pelo eu inseguro de ser, aplausos retidos, explicações desvalorizadas e colocadas sem remate, por fim fantástica. Existe mais do que você vê  nesse translúcido, bem mais  do que você consegue enxergar  nessa areia depreciada. Se as dominasse tanto como domino o medo se dominasse a fonética tanto como aprecio a grafia quem sabe meu mundo seria mais movimentado, é certo que devia encontrar outras maneiras para a felicidade real, mas sinto tanto em deixar o meu mundo, foi ele que me socorreu das vezes em que sofri calada e sem apreços, foi que movimentou os meus dias de chuva ácida naquele terreno, mas menina cresce agora, sinto que o seu mundo já não pode mais ajuda-la os anos passaram as dores mudaram e agora é preciso mais do que uma dose dessa fluoxetina, é preciso empregar novamente a serotonina dentro do seu ser.
Ainda há o mundo de corais o qual você poderá visitar sempre que sentir necessidade mas  você não   habitará  mais nele será apenas uma conversão para alívios nada mais do que isso, tornou-se mais sobrenatural mais do que você mesma chegou a imaginar que aconteceria algum dia agora entenda menina é preciso mais do que uma fluoxetina

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Ode à noite


Poema à noite poesia amanhã
Poema da noite Poesia da manhã
Na terra ouço o teu bater
Sinto o teu cheiro sereno
Me inspira as vezes intriga
Sinto falta, xícaras de café pela manhã
Na sua companhia ela batia
Causava ruídos desesperados
No telhado ela corria
Havia frio e neblina
No  fogão a panela aquecia
Água enfervecida descia pelo pó

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Carta para ele


Jhone,
É como se os prótons e elétrons do meu corpo estivessem andando em linha reta e causasse caos onde parasse, resta-me apenas sombra do meu ser, pedaços de significados carbonizados sem vida, resta-me apenas você Jhone sem nunca ter lhe conhecido, hoje atravessei avenidas sem olhar ambos os lados e saí ilesa foi como se nem as dimensões obscuras me queressem por lá, senti algo latejando o meu peito quando voltava para casa parecia-me que algo estava prestes a acontecer, enquanto abria o portão senti um vento frio que voava em minha direção, um carro passava por mim e por um momento pensei que pararia e levaria-me para longe, se me acontecesse algo deixaria que sucedesse ali mesmo, de certo eu ficaria sem vida na calçada de minha casa e naquele momento isso pareceu bom aos meus olhos destranquei o cadeado e entrei...