Véspera de natal volto do trabalho, bares e restaurantes fechados, orla da lagoa vazia, sob a claridade de luminárias com lâmpadas amareladas, árvores sem pisca piscas, então é natal? pois nem parece... Apenas uma árvore de natal artificial com luzinhas verdes brilhantes no meio da lagoa enfeitava aquela noite, Ah! e a lua, sim, ela enfeitava aquela escuridão solitária, e algo a mais a enfeitava... Rodeamos a lagoa e conversávamos alguma coisa que não me lembro, até que ouço um instrumento desafinado, acalentava uma melodia que não existia, eu não sei, uma ''coisinha'' solitária e inofensiva sentada no banco, de frente para a lagoa, de boina, cabelos cacheados, ele tocava com grande esforço uma flauta de madeira, sim, aquela poesia tocava para a lua e como agradecimento ela se refletia nas águas que sacubiam em pequenas ondas, e me distanciando-se aos poucos sentia em deixar aquela melodia desafinada e desconhecida, e descaradamente olhava para trás com intuito de capitar os minutos finais daquele ser poético que enfeitara a minha noite, criei perguntas em minha mente o que fazia sozinho no vespir da noite aquela criatura juvenil poética? Ora mas era praticamente natal! Haveria convidados em sua casa a sua espera, preparativos para a ceia, poesia volte para a casa a obrigação de bom moço te espera, ou talvez não haveria ninguém a sua espera isso seria a explicação de recorrer aos encantos da lua ela o ouvia e o entendia ela o aplaudia, e refletida nas águas sorria para ele. Como o para sempre sempre acaba, embarquei na lotação e imaginando aquela poesia da lagoa, segui rumo ao meu destino final, e como versos releio todas as noites sem saber sequer o nome do autor daquela meiguice inspiradora.
As surpresas natalinas ainda não haviam terminado parece que naquele dia o universo resolveu me presentear com coisas inesqueciveis, desço no meu ponto, em frente uma casa ouço uma criança gritar para mim, porém me chamava por outro nome:
-Vanessa você estava naquela lotação?
-Não é Vanessa Bernado é Andreza!
-Andreza!
Aquela criaturinha ainda se lembrava de mim, filho de uma cliente do local onde trabalhava, confesso que pela primeira vez na vida uma criança fez os meus olhos mergulharem em lágrimas, dei um beijnho nas suas bochechas que outrora eu adorava aperta-las, e encolhendo-se como bichinho assustado sentiu-se sastifeito com um gesto de carinho...
Sim, parti rumo ao meu destino, e chegando em casa contei a minha irmã sobre a coisa linda da lagoa ela o tranformou em poesia, em poesia da lagoa a qual releio em minha mente todas as noites.
domingo, 27 de dezembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Eu suponho
Ela chega acompanhada de um rapaz, trás consigo uma criança de aproximadamente 1 ano e meio de idade, está grávida, short jeans com o bumbum ligeiramente de fora, sua batinha rodada que não cobre toda a barriga mostra algumas estrias, marcas de quase todas nós... O rapaz que suponho ser seu marido a acompanha nas compras, a criança grita e praticamente ordena alguma coisa... Os gritos altos me fazem olhar o caixa ao lado em que ela passava suas compras, muitos doces, fraldas, Mucilon, iogurtes, achocolatado, e leite, e muitas outras guloseimas para criança...
Tinha uma expressão não muito alegre uma expressão que não sei explicar, mas não era alegria faltava alguma coisa, e como faltava... Suponho que ainda nem chegara aos 23 anos, já tinha um filho, e esperava outro, suponho que tenha sonhos ou pelo menos tinha, sonhos interrompidos pela gravidez indesejada(suponho) . Percorri meus pensamentos na suposição da sua infância, uma criança magrela, de pernas longas e finas, e quando perguntada o que queria ser quando crescer, responde que queria ser médica... Faltava frequentemente á escola na sua adolescência, e quando era questionada pela mãe rebelava e saía de casa para curtir com os amigos, na escola nas aulas de português e história, abaixava a cabeça e dormia durante os 50 minutos, seu caderno não possuía anotaçõs ou exercícios... Só Recordava a consciência de que estava na escola quando entrava na porta da sala o professor baixinho e careca que a fazia sorrir, com suas piadas....
Redação ah! para fessor pra que eu escrever sobre José Alencar se ele já está morto?! pra quê escrever sobre defunto?
- Mas ele foi um dos maiores escritores brasileiros,
- foda-se pra ele era rico...
Durante todo o percurso da redação os erros ortográficos riscados pelo professor, "vose" "promeça", "agente", "inguinorante" ... Abandonou de vez a escola quando estava no segundo ano do ensino médio... Nunca se interessou por faculdade ou coisa assim, até porque nem terminara o ensino médio... Terminar pra quê? Ouvir os professores encher o saco? Aquela mulher não sabe de nada, tanta prosa ruim, ela falando sobre a faculdade do filho aff... O governo é uma bosta mesmo... Só João mesmo pra aguentar, como ele aguenta escrever tanto? como ele consegue ficar a aula inteira com os olhos colados no professor? È João vai ser alguém na vida... Isso não é pra mim, eu devia ter nascido rica não gosto de estudar, eu gosto de sair curtir os amigos, conversar, ficar com os caras, como João aguenta ficar em casa estudando pra prova... Eu tenho que me casar com um homem rico mesmo pra me sustentar... saí fora casar com pobre? Saía para as baladas no frio da meia noite as pernas de fora... e foi em uma dessas baladas que conheceu o carinha foi amor a primeira vista.... Se relacionaram tiveram um filho foram praticamente obrigados a se casar, primeiro o cara não era tão mal assim, pra deixar a moça mãe solteira, segundo ela gostava dele, aliás se realizaria para ela um sonho de mulher se casar ser feliz.... Com os R$1000,00 reais do cara iriam sobreviver, alugariam um barracão, e viveriam "felizes"
Ela queria ser médica aliás o que fez dissipar aquele sonho de criança? Sim ela era pobre nunca teria dinheiro para pagar mensalidades de medicina imagine uma filha de empregada doméstica...
Quando sua mãe saía para trabalhar ficava na casa da tia, sua tia que ela adorava, ela ouvia cada musica louca viu! e quando ouviu aquela garotinha de 5 anos cantando borboletinha disparou em gargalhadas e disse que ela não era mais criança para ouvir tanta infantilidade em uma só música, e disse que iria lhe mostrar o que era música boa, pegou um CD em uma das gavetas da cômoda aumentou o sonzinho no último volume , e rebolou até o chão naquele batidão a magrelinha não entendia nada mas gostava da vibração que o chão fazia... Achou engraçado como o bumbum da tia ia retorcendo, a letra ela não entendia, sei lá o cantor repetia a mesma coisa toda hora era tão diferente da borboletinha que fazia chocolate para vizinha, ela imaginava uma linda borboleta azul sobrevoando pela cozinha mexendo uma grande panela de chocolate quente e na sua pequenina sala cor de rosa a vizinha borboleta esperava o chocolate ficar pronto, era tanto colorido, tantas borboletas... Agora vem esse aí com esse tal de dan, dan, dan, senta, senta... O que significa? Pra quê a música ia falar sobre uma pessoa se sentar? Mas é engraçado como a tia dançava aquela música... ela até a ensinou, aquele som ficou nos seus ouvidos o dia inteiro... a borboletinha foi se afastando aos poucos de sua mente, Os livrinhos de chapeuzinho Vermelho já não lhe interessavam mais, aliás nem outros, livros é coisa de gente idiota, que não sabe aproveitar a vida, (dizia a tia) aos poucos ela começou a entender as músicas, entendeu até cedo demais... E como não entenderia, as coisas que a tia falava também com as amigas né, não via a hora de chegar na escola e contar para as colegas, E aos poucos foi percebendo que não precisava ser médica para ser feliz, ela adorava dançar, beijar, ficar e isso já a fazia feliz se as outras garotas soubessem o que estavam perdendo...
Ela conheceu o cara ele era tão, sei lá tão homem... Tiveram um filho no primeiro mês de relacionamento... Resolveram se amigar, Pouco tempo depois engravidou novamente, nossa criança custa caro hein? Fraldas e mais fraldas e agora outro, só o marido trabalhava... Se lembrou de João o que teria acontecido com ele hein? o filho da doceira, o inteligente da sala, será que conseguiu passar na federal? sim João era pobre como ela como conseguiria pagar faculdade de engenharia? Ah sim ele conseguiu uma bolsa no tal do ENEM, sei lá PROUNI nunca fui de prestar atenção nessas coisas, é eu não disse que João seria alguém na vida?
Sou interrompida pelas minhas suposições um cliente me aguarda no caixa... Uma caixa de leite Itambé, 2,09... Mais alguma coisa senhora?.... ainda ouço a criança gritar por alguma coisa a mãe sorri ao ver as pirracinhas do filho, acha engraçado.... Será que se completará o ciclo vicioso?
O celular do pai toca... Um funk.... Um batidão será que a criança de um ano e meio ainda se lembra da cobrinha do pé de limão?
Tinha uma expressão não muito alegre uma expressão que não sei explicar, mas não era alegria faltava alguma coisa, e como faltava... Suponho que ainda nem chegara aos 23 anos, já tinha um filho, e esperava outro, suponho que tenha sonhos ou pelo menos tinha, sonhos interrompidos pela gravidez indesejada(suponho) . Percorri meus pensamentos na suposição da sua infância, uma criança magrela, de pernas longas e finas, e quando perguntada o que queria ser quando crescer, responde que queria ser médica... Faltava frequentemente á escola na sua adolescência, e quando era questionada pela mãe rebelava e saía de casa para curtir com os amigos, na escola nas aulas de português e história, abaixava a cabeça e dormia durante os 50 minutos, seu caderno não possuía anotaçõs ou exercícios... Só Recordava a consciência de que estava na escola quando entrava na porta da sala o professor baixinho e careca que a fazia sorrir, com suas piadas....
Redação ah! para fessor pra que eu escrever sobre José Alencar se ele já está morto?! pra quê escrever sobre defunto?
- Mas ele foi um dos maiores escritores brasileiros,
- foda-se pra ele era rico...
Durante todo o percurso da redação os erros ortográficos riscados pelo professor, "vose" "promeça", "agente", "inguinorante" ... Abandonou de vez a escola quando estava no segundo ano do ensino médio... Nunca se interessou por faculdade ou coisa assim, até porque nem terminara o ensino médio... Terminar pra quê? Ouvir os professores encher o saco? Aquela mulher não sabe de nada, tanta prosa ruim, ela falando sobre a faculdade do filho aff... O governo é uma bosta mesmo... Só João mesmo pra aguentar, como ele aguenta escrever tanto? como ele consegue ficar a aula inteira com os olhos colados no professor? È João vai ser alguém na vida... Isso não é pra mim, eu devia ter nascido rica não gosto de estudar, eu gosto de sair curtir os amigos, conversar, ficar com os caras, como João aguenta ficar em casa estudando pra prova... Eu tenho que me casar com um homem rico mesmo pra me sustentar... saí fora casar com pobre? Saía para as baladas no frio da meia noite as pernas de fora... e foi em uma dessas baladas que conheceu o carinha foi amor a primeira vista.... Se relacionaram tiveram um filho foram praticamente obrigados a se casar, primeiro o cara não era tão mal assim, pra deixar a moça mãe solteira, segundo ela gostava dele, aliás se realizaria para ela um sonho de mulher se casar ser feliz.... Com os R$1000,00 reais do cara iriam sobreviver, alugariam um barracão, e viveriam "felizes"
Ela queria ser médica aliás o que fez dissipar aquele sonho de criança? Sim ela era pobre nunca teria dinheiro para pagar mensalidades de medicina imagine uma filha de empregada doméstica...
Quando sua mãe saía para trabalhar ficava na casa da tia, sua tia que ela adorava, ela ouvia cada musica louca viu! e quando ouviu aquela garotinha de 5 anos cantando borboletinha disparou em gargalhadas e disse que ela não era mais criança para ouvir tanta infantilidade em uma só música, e disse que iria lhe mostrar o que era música boa, pegou um CD em uma das gavetas da cômoda aumentou o sonzinho no último volume , e rebolou até o chão naquele batidão a magrelinha não entendia nada mas gostava da vibração que o chão fazia... Achou engraçado como o bumbum da tia ia retorcendo, a letra ela não entendia, sei lá o cantor repetia a mesma coisa toda hora era tão diferente da borboletinha que fazia chocolate para vizinha, ela imaginava uma linda borboleta azul sobrevoando pela cozinha mexendo uma grande panela de chocolate quente e na sua pequenina sala cor de rosa a vizinha borboleta esperava o chocolate ficar pronto, era tanto colorido, tantas borboletas... Agora vem esse aí com esse tal de dan, dan, dan, senta, senta... O que significa? Pra quê a música ia falar sobre uma pessoa se sentar? Mas é engraçado como a tia dançava aquela música... ela até a ensinou, aquele som ficou nos seus ouvidos o dia inteiro... a borboletinha foi se afastando aos poucos de sua mente, Os livrinhos de chapeuzinho Vermelho já não lhe interessavam mais, aliás nem outros, livros é coisa de gente idiota, que não sabe aproveitar a vida, (dizia a tia) aos poucos ela começou a entender as músicas, entendeu até cedo demais... E como não entenderia, as coisas que a tia falava também com as amigas né, não via a hora de chegar na escola e contar para as colegas, E aos poucos foi percebendo que não precisava ser médica para ser feliz, ela adorava dançar, beijar, ficar e isso já a fazia feliz se as outras garotas soubessem o que estavam perdendo...
Ela conheceu o cara ele era tão, sei lá tão homem... Tiveram um filho no primeiro mês de relacionamento... Resolveram se amigar, Pouco tempo depois engravidou novamente, nossa criança custa caro hein? Fraldas e mais fraldas e agora outro, só o marido trabalhava... Se lembrou de João o que teria acontecido com ele hein? o filho da doceira, o inteligente da sala, será que conseguiu passar na federal? sim João era pobre como ela como conseguiria pagar faculdade de engenharia? Ah sim ele conseguiu uma bolsa no tal do ENEM, sei lá PROUNI nunca fui de prestar atenção nessas coisas, é eu não disse que João seria alguém na vida?
Sou interrompida pelas minhas suposições um cliente me aguarda no caixa... Uma caixa de leite Itambé, 2,09... Mais alguma coisa senhora?.... ainda ouço a criança gritar por alguma coisa a mãe sorri ao ver as pirracinhas do filho, acha engraçado.... Será que se completará o ciclo vicioso?
O celular do pai toca... Um funk.... Um batidão será que a criança de um ano e meio ainda se lembra da cobrinha do pé de limão?
sábado, 31 de outubro de 2015
A crônica
Lembra da crônica da seleção? pois bem, acho que o senhor recrutador gostou sim da minha humilde narração... Caixa de entrada de e-mail: Você foi pré- selecionado para a vaga de pesquisador na agência tal... Ainda bem! qualquer tema é qualquer tema, qualquer gênero é qualquer gênero seria até injusto, não considerarem, mas escrever uma crônica novamente para um processo seletivo nunca mais né? isso foi apenas um reflexo mal pensado do pensamento poético naquele dia... É trocar o certo da dissertação pelo duvidoso de outro gênero né... De qualquer forma minha crônica dos peixinhos me encaminhou para uma nova etapa do emprego do sr Google.
Mas não se esqueça querida Andreza dissertar sempre!
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
O emprego
Entrevista marcada às 15:00 da tarde, Cândido Azeredo...
-Oi, Boa tarde tenho uma entrevista marcada às 15:00.
-Ah sim é com a Raquel pode aguardar aqui.
Três pessoas aguardam a entrevista, uma moça, e duas senhoras mais maduras... Converso com a moça, e ela me diz que se for para vendedor externo vai dispensar a oportunidade, bem eu tinha certeza que era sim para vendedor externo, pois já havia feito entrevista no local, menos uma concorrente, pensei aliviada... A primeira senhora entra demora um pouquinho, despede-se e vai-se embora sorrindo. A moça entra e saí rapidamente e exclama: É vendedor externo eu não quero não trabalhar no sol! Ok, eu quero... A outra senhora entra demora um pouco saí e me deseja boa sorte.
-Oi, boa tarde!
-Oi, boa tarde pode se sentar, meu nome é Raquel, você já fez uma entrevista aqui antes né com a Priscila.
-Sim, essa é minha segunda vez aqui.
-Pois bem Andreza, você já trabalhou como operadora de caixa, me conte como foi essa experiência sua...
Blá, blá, blá, de entrevistado....
Então Andreza me fale um pouco de você, suas qualidades...
Hum... Sou paciente, tranquila, consigo reverter situações do dia a dia sem causar intrigas e conflitos... Mais blá blá de entrevistando, mais blá, blá de entrevistador....
-Então Andreza, a vaga que a gente tem aqui é para vendedor externo, ou seja você vai apresentar nossos serviços nas ruas, nos bairros, é de porta em porta mesmo, eu era branquinha e já estou moreninha, por mais que a gente passe protetor solar não tem como, eu gosto de explicar a pessoa muito bem explicado depois ela acha que é uma coisa que não é, você vai trabalhar com metas, você vai receber por comissão.... Algum problema pra você?
-Problema algum...
-Então, Você pode começar amanha, as 08:00 pra você conhecer a turma, entrosar com o pessoal, tudo bem?
-Hãn? já começo amanha?
-sim
-Nossa que bom! minha mãe vai ficar feliz demais Obrigada! (ops... lá vem você né Andreza, calma deixa chegar em casa primeiro, vai que te acham imatura... se decomponha, arranhe a garganta e agradeça finamente)
-Hum, gostei, que bom gostei da sua animação...
Disse a recrutadora sorrindo.
Acredite meus olhos até encheram de lágrimas... Porta em porta, sol, sol... muito sol... Metas... Qual é o problema em terra de crise quem tem emprego é rei, quem disse que um limão não pode virar uma limonada? Eu daria o meu melhor e estaria tudo certo... Cartão de Todos lá vou eu! Eu nunca tive experiência com vendas e tudo era novidade e se era novidade era algo a ser aprendido, e aproveitado...
Quem é aquela menina que foi quase atropelada no cruzamento com um sorriso ate as orelhas, aquela menina? Ah sim, aquela da entrevista do vendedor externo. Externo de sol em sol? Sim isso mesmo vendedor de convênios de saúde... E lá vamos nós rumo a mais uma agência de empregos... Dá uma olhadinha nas vagas né, foi lá que descobri que estava acontecendo a entrevista do pesquisador... E lá vamos nós aguardar mais um pouco, era entrevista livre, então resolvi aguardar.
Voltando ao cartão de todos... Primeiro dia de emprego, um rapaz e uma moça conversam na porta do escritório... Embaraçada me aproximo.
-Oi, sou Andreza, novata de vendedor externo...
-Ah, Sim, pode entrar fique a vontade, leve ela até lá flor.
Diz o rapaz, com cara de simpático, já é bom começo...
-Pode se sentar, moça.
Havia duas cadeiras em uma mesa ela se senta na outra, pergunto o seu nome, se chamava Lorena, ela começa a me explicar as coisas como fuciona e tal... Dois bons começos dois colegas de trabalhos simpáticos e educados, não pareciam ser complicados... Vão chegando um a um... As novatas também... Eles fazem uma oração antes de iniciarem mais um dia de trabalho, a Raquel lê uma historia do abacaxi, falava sobre dois fucionários... Uma reflexão no final... 2 dias de treinamento no outro eu já estava vendendo sozinha, consegui fazer um convênio com a gentil ajuda de Lorena... No outro dia também fiz outro... Poxa é um bom começo para um iniciante... As novatas saíram deixaram o Cartão... Sábado e domingo, Enem...
Segunda lá estou eu, nesse dia não vendi nada, preocupação, metas, tudo bem eu ainda estava em treinamento, não receberia naquele mês por metas, mas nos outros sim... Então já era um caso a se preocupar...
Meus colegas? Não conheci turma de trabalho melhor... Se todos os lugares fossem assim... Foram poucos dias de convivência, mas foi convivência que ficou marcada... A educação da gerente, tudo fazia aquele sol valer a pena, as risadas durante o almoço... A seriedade que levavam o que estavam fazendo, As piadinhas de Poc... kkkkk.... As voz grossa de Dilton... As garrafinhas cheias de água...
As caras ruins das pessoas que nos atendiam na porta... Ate o xingo do senhor duvidando do convênio... Cartão você valeu a pena!
Terça feira... 27-10, aproximadamente 11:00 da manhã, naquele dia eu já tinha conseguido fazer 2 convênios, e já havia agendado outro, ótimo sinal o dia só estava começando. Uma ligação.... Fui encaminhada, para um Super mercado conhecido... Já iria fazer o atestado de admissão, naquele mesmo dia, Uma decisão... Ficar ou ir... As metas.... Apenas isso... A segurança que o Super mercado me daria, tudo bem eu fazeria meu salário ganhando por comissão, fazeria menos ou fazeria mais... Pode ser que em um mês fazeria o dobro... Mas era incerto... A decisão? Deixar o Cartão e novamente embarcar na carreira solo...
Se valeu a pena o sol? valeu muuuito! a experiência, as pessoas que conheci...
Hora de conversar com a Raquel, e avisar o meu desligamento, e tem coisa melhor do que uma pessoa confiar em você e dizer que se precisasse, as portas estariam abertas?
Eu não disse que o limão viraria limonada? e como virou... Experiência é uma bagagem, inquestionável... Os colegas de trabalho, valeu a pena conhece-los...
Cartão de Todos, prazer conhecer você!
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